segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Solução para apartamentos minúsculos

Casas mal concebidas e nada práticas são praticamente todas as que se encontram à venda, dando ideia que os projectos são feitos um pouco a "martelo". 
De vez em quando aparece um arquitecto iluminado com ideias geniais. Pena é essas ideias, só estarem reservadas a extractos sociais elevados pois implicam o uso de equipamento por norma muito dispendioso.   
Arquitecto reinventa apartamento para economizar espaço  
 
Depois de três décadas na mesma caixa de fósforos de apartamento onde cresceu, Chang veio com uma resposta inovadora para a cada vez mais apertada vida de muitos moradores urbanos - o "transformador doméstico” do estilo ficção científica
Como um jovem que vive num minúsculo apartamento numa das cidades mais densamente povoadas do mundo, o arquitecto Gary Chang de Hong Kong ficou obcecado pelo espaço vital, ou melhor, a falta crónica dele.
"A ideia é que tudo está em movimento. Este é o meu espaço de lavandaria" disse Chang deslizando uma parede cheia de CDs para revelar uma máquina de lavar e secar roupa. Deslizando outra parede de metal que tem uma TV de plasma, uma cozinha materializou-se. Além de que, há uma luxuosa banheira de 1,9 metros, que se transforma num quarto de hóspedes. Enquanto as pessoas noutras cidades fervilhantes como Tóquio recorrem às camas e sofás dobráveis, o premiado Chang tomou ao extremo o conceito de economia de espaço.
O seu minúsculo e rectangular apartamento, escondido nas entranhas de um velho e inclassificável edifício de apartamentos, tem paredes de cromo polido que carregam 24 configurações, adequando a cada, uma necessidade específica.
O espaço disponível torna-se num home cinema, spa, cozinha, quarto, zona chill-out equipada com uma rede, dependendo das necessidades de Chang a qualquer momento.
"A alta intensidade de uso torna-o mais como um aparelho do que uma casa de habitação", escreveu Chang no seu livro "Apartamento de 32 metros quadrados - uma transformação de 30 anos", onde narra as origens inovadores do seu domicílio, que sofreu numerosos restauros ao longo dos anos. 
"O único espaço fechado é o WC, e, novamente, é maior do que o habitual", disse Chang, cujo apartamento está rodeado pelas estradas e arranha-céus que encarnam o desenvolvimento urbano galopante de Hong Kong.
Com um custo de $ 231.700, Chang espera que a sua habitação ofereça uma alternativa viável, de melhoria de vida para os Hong Kongers que não podem pagar mais nada.
A ideia é ajustar a sua casa mais perto daquilo que você realmente quer em vez de ser o mercado a ditar", disse o aquitecto, que está agora em conversações com os promotores imobiliários para replicar o seu apartamento noutro espaços reduzidos, em cidades caras de toda a Ásia e Europa, incluindo Paris.

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