quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Liberta-te!

QUEBRA AS AMARRAS
DESFAZ OS NÓS
DESATA OS LAÇOS
RETIRA AS MORDAÇAS
PARTE OS GRILHÕES
ABRE OS CADEADOS
REBENTA AS CORRENTES
ESTILHAÇA OS VIDROS DAS REDOMAS QUE TE CERCAM
LIBERTA-TE DO QUE TE OPRIME
GRITA ALTO! GRITA FORTE!
QUEBRA O SILÊNCIO QUANDO ELE TE FOR IMPOSTO
ESCREVE, LUTA, VIVE E, SE FOR PRECISO, RASGA, COM A FORÇA DA TUA MÃO, 
A CAMISA DE FORÇAS QUE TE QUISEREM VESTIR
DEPOIS, SIM, DEPOIS DE SALTARES O MURO
ESCALA A MONTANHA, RESPIRA O AR PURO
SOLTA OS CABELOS AO VENTO E HASTEIA
NO TEMPO A TUA LIBERDADE
Ontem foi o meu último dia de trabalho.
Estranhamente sentia-me aliviada por deixar aquela empresa.
Apesar de amedrontada com o que vai ser a minha vida daqui em diante, estou confiante.
Nem a propósito, quando hoje folheava um livro que me tinham oferecido há imensos anos, encontrei um papel por mim manuscrito com o poema acima e cujo autor desconheço.

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