Hoje, pela manhã, dirigi-me à Loja do Cidadão nas Laranjeiras, para no balcão da Segurança Social obter informações sobre a minha próxima situação de desemprego.
Quando cheguei às 9:33H já tinha 143 pessoas à minha frente.
Eram asiáticos, brasileiros, pessoal de leste, ciganos, africanos e portugueses claro, um autêntico cocktail de culturas impressionante.
Saí de lá às 12:45H sem ser atendida, pois ainda tinha 28 pessoas à frente e não podia ausentar-me ao trabalho na parte da tarde.
Conclusão: os serviços não têm pessoas suficientes no atendimento ou então existe alguma dificuldade na comunicação. Demoravam a atender cada pessoa cerca de 15 minutos. É muito tempo.
A manhã não foi totalmente perdida, ainda tive a oportunidade de tratar do Cartão de Cidadão que também, para não variar, demorou uma eternidade.
Saí daquelas instalações completamente nock-out e assim fiquei até agora.
Era brutal a quantidade de gente que circulava num vai e vem entre os serviços, mais aquele barulho ensurdecedor das vozes e sons de chamada de senhas que nos vai moendo a cabeça.
Reparei também que muitas pessoas faziam-se acompanhar, não sei para quê, dos filhos, maridos e pais, o que congestionava ainda mais os corredores.
O ar condicionado disparatadamente devia estar na temperatura máxima. Sentia-se nas saídas da ventilação do tecto um sopro demasiado quente. Ninguém se lembrou do aquecimento global, nem da poupança de energia, nem que com aquela gente toda lá dentro o ambiente de certo iria aquecer.
Um horror.
Pensei que estas coisas tivessem mudado, pois há anos era assim quando necessitei recorrer a serviços idênticos.
Poucas coisas mudam para melhor nesta nossa terra.
Uma tristeza.
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