Vi ontem um documentário na TV dirigido pelo Jamie Oliver, aquele cozinheiro inglês agora muito famoso, cujo tema era o sofrimento a que as galinhas estão sujeitas quando criadas nos aviários hiperlotados, assim como as galinhas poedeiras criadas em sistema de bateria de gaiolas. Este tipo de gaiolas que mantêm até 7 galinhas, montadas em enormes fileiras e com vários andares, com uma gaiola em cima da outra.
Bem, quem viu, não acredito que tenha ficado indiferente aos horrores por que aquelas aves passam. Ver aqui.
Falou-se de tudo, desde o ovo que é chocado em estufas e os pintos que nascem com defeitos são de imediato gaseados numa máquina, ao crescimento rápido a que estão sujeitas através de uma alimentação especial, até ao dia do abate.
Os filmes que mostraram eram de uma crueldade que nem imaginam.
Para embaratecer o preço dos frangos, os mesmos são tratados sem condições nenhumas, pois assim os custos são menores e o preço a que são vendidos torna-se convidativo, e as pessoas nem se apercebem que vão comer um animal que foi torturado desde o nascimento.
Em resumo aquilo que o Jamie Oliver pretendia, era aconselhar as pessoas, por um euro extra, a adquirir os frangos criados em aviários espaçosos e higiénicos ou ao ar livre em quintas, que para além de terem tido uma vida mais feliz tinham uma carne mais saborosa. Os chamados frangos caseiros.
No final do programa deu-me pena ver algumas das galinhas que levaram de umas gaiolas em bateria para uma quinta, e os bichos meio aparvalhados a mirarem o local, de pescoço esticado, sem reconhecerem bem onde estavam pois desde que tinham nascido nunca tinham apreciado o cheiro da terra e o sabor das ervas.
Houve uma coisa de que falaram que fizeram com que nunca mais eu vá comer salsichas.
Quando as galinhas são abatidas, algumas são para serem separadas as pernas, as asas e o peito. A carcaça que sobra, com ossos pele e tudo, é metida numa prensa picadora e o resultado é uma massa cor-de-rosa que é utilizada para recheio das salsichas.
Aquilo era nojento.
De facto uma pessoa nem sabe o que come.
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