quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desflorestação da Amazónia abrandou no último ano

Diz a notícia no Jornal Sol:

"A desflorestação da Amazónia brasileira, entre Agosto de 2008 a Julho de 2009, foi de sete mil quilómetros quadrados, a menor taxa registada nos últimos 21 anos mas que corresponde a uma área maior que toda a região do Algarve".

 


Apesar de tudo não deixa de ser uma boa notícia pois nunca é demais falar sobre o ambiente. 
É um assunto que terá de ser vezes sem conta divulgado, para que as pessoas se apercebam do que se passa sobre esta matéria. 
Entretanto já repararam que esta notícia teve umas 3 dezenas de visitas enquanto a da Carolina Salgado teve 2 centenas.
Incrível saber os assuntos que interessam à maioria das pessoas.

Aqui escrevo mais umas coisas sobre o ambiente: 
- A África integra 17% do coberto florestal do Mundo e nos últimos doze anos 53 milhões de hectares de floresta (área equivalente 53 milhões de campos de futebol) foram convertidos em deserto a um ritmo mais rápido do que em qualquer outro ponto do Planeta. 
A desertificação, que afecta 46% do continente africano e 485 milhões de seus habitantes, leva à desestabilização das bacias hidrográficas e do clima, e às consequentes secas e inundações. É de notar que as florestas desempenham um importante papel como sorvedouros de dióxido de carbono, e portanto a sua destruição leva ao aumento do efeito de estufa. 
Lamentavelmente o capital, ávido de lucros rápidos, promove a desertificação à custa da exploração desenfreada dos recursos naturais em África com consequências catastróficas para a imensa biodiversidade. A biodiversidade a qual sustenta a estabilidade da vida na Terra, é também fonte de produção de medicamentos, alimentos e outros produtos, sendo recursos biológicos.
Consequentemente, na sua insustentável relação com a Natureza, o capital promove os maiores dramas humanitários do Planeta, porque a exploração da Natureza é também a exploração das pessoas. 
O consumismo exagerado no mundo actual, em que se adquirem produtos supérfluos muitas vezes sem consciência, motivado pela influência que as empresas por meio de publicidade exercem nas pessoas induzindo ao consumo desnecessário, o excesso populacional e a sua falta de informação sobre as acções que poderiam adoptar face às alterações climatéricas e sensibilização para as causas que provocam essas graves alterações climatéricas, tem sido uma preocupação. 
O mundo globalizado faz com que surja a necessidade de uma maior uniformização das leis. Diante deste contexto surgem os tratados internacionais que significam um acordo entre Estados que deverá ter forma escrita e ser regulado pelo Direito Internacional. 
Temos por exemplo o Tratado de Quioto que determina limites nas emissões de gás que provocam o efeito de estufa na atmosfera, responsáveis pelo aquecimento global e por consequência no aumento da temperatura na Terra com consequências graves para o planeta.
O objectivo será a sua diminuição gradual dessas emissões que alguns países conseguiram cumprir. A maior dificuldade para o cumprimento deste tratado acontece com os países mais industrializados como os EUA e Austrália que o abandonaram, com a justificação de que a sua permanência iria prejudicar gravemente as suas economias por porem em risco as suas indústrias, ignorando por completo os malefícios aliados aos seus maus comportamentos ambientais. 
Segundo dados da ONU, entre 1990 e 2004, Portugal aumentou a sua emissão de gases CFC (clorofluocarbonetos) em 41% e por obrigação do Tratado de Quioto entre 2008 e 2013 terá de reduzir estas emissões em 8%. 
Se não alterarmos os nossos comportamentos, nos próximos 50 anos iremos provocar alterações climatéricas em zonas do globo que outrora férteis ficarão desérticas e outras por sua vez ficarão completamente inundadas, existindo até previsões para o desaparecimento da floresta amazónica. 
Na última década tivemos a prova de que o efeito de estufa alterou drasticamente o clima, gerando furacões com uma frequência assustadora. O furação Katrina sendo o mais violento até hoje foi a prova real em como uma cidade simplesmente pode ser varrida e quase desaparecer do mapa.
A longo prazo é muito provável que muitas cidades fiquem submersas, gerando enormes catástrofes humanitárias pelas deslocações em massa das povoações. Estas alterações climatéricas são uma preocupação e os países têm de entender que não tem a ver só com o clima pois geram um impacto em tudo. 
A água será um bem preciosíssimo originando conflitos entre povoações, e centenas de milhares de pessoas terão de deslocar-se devido à fome, porque o meio de subsistência na sua terra foi destruído pelas alterações climatéricas, obrigando-os a emigrar para outros países onde muitas vezes é-lhes recusada a entrada, deixando-os à sua sorte no seu país sem recursos. 
Tudo isto trará muito mais mortes comparativamente aos actos de terrorismo do qual as nações mais se preocupam. Tudo o que fizermos agora será contra relógio pois a curto prazo teremos de melhorar a eficiência dos nossos aparelhos domésticos, nossos carros, máquinas industriais, etc.




Obrigada pela vossa atenção. 
Cumpri a minha boa acção do dia, se alguém tiver a hombridade de ler este texto, nem que seja por  breves instantes.

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