Habito na Buraca há muitos anos e devo dizer que apesar de ser uma zona um tanto ou quanto feia não é má de todo. Só um bocadinho...
Há muitos prédios velhos e degradados e as pessoas não são lá muito educadas, falam muito alto, atiram com papeis para o chão, ocupam dois lugares quando estacionam e por vezes colocam-se à frente nas filas do supermercado.
Essas coisas...
De qualquer forma temos a parte boa, temos os Buraca Som Sistema e os Grafity do Bairro da Cova da Moura.
Atrevam-se a dizer que os pintores de grafity da Buraca não são criativos.
Só posso dizer o seguinte:
ResponderEliminar-É certo que há muita creatividade e qualidade nos grafittis e na musica, contudo parece-me que estás a necessitar de largar o PC/Desktop por um pouco e olhar à tua volta...
Esperimenta ir à rua e dizer "bom dia" às pessoas, e verás que são mais simpáticas do que imaginavas!
O "bom" que as coisas são, são-no porque assim as ajudamos a ser, e para melhorar o mundo tens de ajudar, não somente constatar...
Um abraço de um teu conterraneo.
Caro conterrâneo,
ResponderEliminarTodos somos livres de expressar opiniões sobre qq assunto. A “minha” realidade da Buraca é a que manifestei e nem fiz sequer menção às duas vezes em que o meu carro foi vandalizado.
Podia então dizer-me: quem não está bem muda-se. Mas não mudo daqui por 2 razões:
1º da Buraca partem todas as estradas principais que me levam a qq parte do país.
2º económicamente é me impossível largar esta freguesia.
Um abraço apertado
Como é óbvio, não pretendo ser limitador à liberdade de expressão seja de quem for, até porque é essa mesma liberdade que me permite estar agora a cordialmente discordar...
ResponderEliminarComo deixou claro, a sua percepção desta localidade em que habita não é a mais agradavel.
Quanto a isso, o mais que lhe posso fazer é dizer-lhe que aqui nasci, cresci, me formei, casei, e tive filhos, e ainda, que foi a esta mesma freguesia à qual retornei assim que me foi económicamente possível, pois após o casamento não tive hipoteses de aqui me manter.
É onde mantenho algumas das minhas amizades de infância, e dos poucos lugares de "Lisboa" que conheço onde as pessoas ainda se saudam e tratam pelo nome quando se cruzam na rua.
Como vê, sou um "orgulhoso filho-da-terra", e garanto-lhe que não passo à frente de ninguém nas filas, falo alto, ou tão pouco cuspo para o chão!
Nunca aqui fui assaltado, ou me vandalizam qualquer propriedade.
Enfim, tenho consciencia que dificilmente alterarei a sua percepção da Buraca, só posso lamentar que tenha tido tanto azar, e desejar-lhe as melhores felicidades (talvez noutro sítio de que goste mais).
Um abraço!
Jorge Ferreira