Se eu pudesse, fugiria para uma terra tão distante, que me perderia de mim mesma, e dar-me-ia a oportunidade de renascer para uma nova vida distinta e de costumes estranhos.
Quereria aprender sofregamente nessa nova vivência, para me esquecer e lavar das perdas e lutos a que a vida passada me tem obrigado.
Apetecer-me-ia vestir outros trajes e que fossem de cores garridas.
Quereria deixar crescer o cabelo de forma bravia, mostrando a sua cor original.
Desejaria libertar-me das modas impostas, para bem me enquadrar na sociedade e poder cair em graça.
Não acumularia bens, somente os que a natureza me oferecesse.
Por fim e no meu suspiro final apetecer-me-ia ver o pôr do sol, porque os seus últimos raios acender-me-iam um sorriso de pleno contentamento, pela vida pura que pude escolher a tempo.
Se eu fizesse só o que me apetece tudo seria diferente. Mas seria mesmo mais feliz?
ResponderEliminarMas não tem a ver com o querer fazer tudo o que apetece.
ResponderEliminarTalvez seja um estado de saturação associado às desilusões da vida.
Foi o termo de uma relação afectiva, morte de dois grandes amigos, experiências de trabalho frustrantes e por último o desemprego.
Uma amálgama de emoções difíceis de definir mas que decisivamente me abalam.
Mais uns anos na tua vida, e talvez identifiques alguns destes vazios que te poderão afectar sobremaneira.
Um beijo