Nasci na freguesia de Santa Maria de Belém, em Lisboa, que considero das freguesias mais ricas culturalmente e de grande beleza.
Esta tarde, resolvi dar uma volta a pé pela zona, para aproveitar o sol maravilhoso que me convidava.
A casa de meus pais, agora só de minha mãe porque o meu pai já faleceu, fica bem perto da Torre de Belém, onde as crianças da minha rua iam brincar nas noites quentes de verão.
Foi por aí que iniciei o passeio.
Depois resolvi entrar no CCB para ver as exposições do momento.
Havia imensa arte moderna que não aprecio, porque não compreendo as mensagens que os artistas querem transmitir com imagens desfocadas emitidas em TV's, nem fotos tiradas a lixo depositado em casas velhas.
De todas as exposições agradaram-me três.
A exposição da Joana Vasconcelos, a que achei imensa piada às suas criações muito imaginativas e atrevo-me a dizer amalucadas.
A seguir visitei e gostei imensamente dos desenhos perfeitos, de grandes dimensões a carvão e mina sobre papel, de Robert Longo.
Depois apreciei a exposição Auto-retratos do Mundo de Annemarie Schwarzenbach (1908-1942) cuja vida foi tão breve, que para além de fotógrafa foi escritora, jornalista e viajante, tendo efectuado numerosas reportagens fotográficas pela Europa, Médio Oriente, África e América do Norte.
Em 1941 passou por Lisboa.
Esta sua foto tem a seguinte descrição "O outro lado de Lisboa: Características um tanto orientais, dentro e fora do mercado".
Afegãos em oração
Existem outras formas de arte que por vezes nos chocam e achei este trabalho da brasileira Adriana Varejão impressionante. Um rasgo num painel de azulejos, como se fosse uma extensa ferida.
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