sábado, 26 de setembro de 2009

Discriminação social, racial e do gênero

Ser africano no nosso país é automaticamente não ser aceite pela generalidade da população. São sempre os acusados em primeira mão pelos problemas de criminalidade existentes. Não sei se por nosso complexo pelo insucesso da colonização portuguesa em África mas, mais facilmente um proveniente dos países do leste da Europa ou do Brasil é contratado por uma empresa do que um africano, porque as suas competências mesmo com a apresentação de diplomas e experiente curriculum, são sempre postas em causa.

O facto de ter coabitado com um guineense fez-me compreender os problemas e dificuldades por que passam estas minorias, sentir empatia e concluir que apesar disso aprenderam a suportá-las com dignidade. Em diversas ocasiões e na sua companhia pude aprender pela experiência o que é viver situações constrangedoras que me revoltaram de facto, como quando tivemos um acidente de automóvel provocado por outro automobilista em que o próprio polícia teve uma postura de acusação imediata só pela côr de pele do meu companheiro. Mais tarde ao remetermos o acidente a tribunal, confirmou-se a responsabilidade do outro automobilista, talvez porque nos papéis não existem cores de pele.

Os estereótipos muitas das vezes preconceituosos representam uma falsa imagem social, seja das mulheres, homossexuais, estrangeiros e outros que são objecto de discriminação no trabalho, na família e na sociedade.

Torna-se ainda mais inadmissível quando é a própria comunicação social a passar essa ideia através da publicidade e reportagens jornalísticas, não ajudando à mudança de mentalidades e atitudes em relação à igualdade a que todos temos direito em todos os domínios da vida social.

Observamos que a comunicação social muitas das vezes em vez de contribuir para a mudança de atitudes e mentalidades na sociedade, pelo contrário exibe programas que atentam contra o respeito da dignidade das mulheres ou outras pessoas alvo, e incentiva práticas discriminatórias.

Deveriamos ter a sensatez e sensibilidade em evitar que essas exibições fossem assistidas por crianças, que sem uma mente estruturada absorvem negativamente esses preconceitos, e, podemos lembrar-nos do assassinato de um transsexual, provocado por jovens que com ideias discriminatórias que absorveram, não tiveram na sua atitude o mínimo respeito pela vida humana.

E SE TUDO MUDÁSSE E NÓS BRANCOS PASSÁSSEMOS A SER OS DISCRIMINADOS




ACONSELHO ESTE DOCUMENTÁRIO, INTERESSANTÍSSIMO, SOBRE AS MUDANÇAS QUE ESTÃO A ACONTECER NA ÁFRICA DO SUL.
Passou a ser assunto incomodativo no momento que agora são os brancos a sofrer na pele aquilo por que passaram e passam os negros


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