Cerca de um quinto dos vertebrados do mundo estão ameaçadas de extinção, concluiu um estudo em grande escala, destacando a situação da natureza, tema em foco da conversa sobre o ambiente global, em curso no Japão.
O estudo de mais de 170 cientistas em todo o globo usou dados de 25.000 espécies ameaçadas, que constam na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, e analisou a situação do mundo dos mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes.
Os cientistas encontraram em média 50 espécies de mamíferos, aves e anfíbios que se aproximam da extinção a cada ano, devido à expansão das fazendas e plantações, exploração madeireira e caça excessiva.
Outro factor foi a concorrência de outras espécies, especialmente aquelas introduzidas vindas de outras zonas.
Verificou-se que 64 aves, mamíferos e anfíbios melhoraram no estado, incluindo três espécies que estavam extintas na natureza e foram reintroduzidas: o Condor da Califórnia, o furão nos Estados Unidos e o cavalo Przewalski na Mongólia.
Delegados de quase 200 países estão há duas semanas em conversações na cidade japonesa de Nagoya, para definir novas metas para 2020, para proteger espécies animais e vegetais, elaborar um protocolo para compartilhar recursos genéticos entre países e empresas, e distribuir mais recursos para proteger a natureza.
A ONU diz que Nagoya tem de concordar em metas mais duras para salvar as florestas, recifes, rios e zonas húmidas que sustentam os meios de subsistência e as economias. Preservar a riqueza de espécies é fundamental para os ecossistemas e os serviços que prestam, como água potável, as pescas e a polinização de culturas.
O estudo descobriu que o Sudeste da Ásia foi o que sofreu as perdas recentes mais dramáticas, em grande parte por causa da rápida expansão das plantações de óleo de palma, as culturas de arroz e abate de árvores.
Um outro estudo publicado na revista Science, disse que a diversidade biológica do mundo, continuaria a diminuir este século, mas a taxa poderia ser reduzida com as escolhas políticas certas.
O estudo diz que as diferenças na acção política tomada agora pode tanto levar a um aumento da cobertura florestal global de cerca de 15%, na melhor das hipóteses, ou prejuízos de mais de 10% no pior dos casos em 2030.
Já só restam poucas Bali Meynah em todo o mundo
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