sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Perseguindo o sonho de Da Vinci

Todd Reicher, um estudante de engenharia canadiano, inspirado nos esboços de séculos de um ornitóptero de Leonardo da Vinci, foi o primeiro a efectuar um voo sustentado em uma aeronave de propulsão humana, com as asas batendo continuamente.
A aeronave apelidada de Snowbird (Pássaro de Neve), voou 145 metros em 19,3 segundos a uma velocidade de 25,67 Km/hora.
"O Snowbird representa a concretização de um sonho antigo da aeronáutica", disse Reichert em um comunicado através da Universidade de Toronto.
Ao longo da história inúmeros homens e mulheres sonharam em voar como um pássaro sob o seu próprio poder., e centenas senão milhares de pessoas tentaram alcançá-lo. Isto representa um dos últimos dos primeiros da aviação.
Entretanto aguarda-se que a Federação Aeronáutica Internacional, orgão mundial que rege os desportos do ar e os recordes do mundo aeronáutico, confirme o recorde mundial na sua próxima reunião este mês.
O pintor e génio italiano Leonardo Da Vinci desenhou uma grande variedade de dispositivos mecânicos que se encontravam muito à frente do seu tempo, e acredita-se que os seus famosos desenhos do ornitóptero foram feitos por volta de 1485.
Mas tiveram de passar mais de 400 anos para os irmãos Wright iniciarem a era da aviação, com o primeiro voo em 1903 que durou 12 segundos cobrindo 37 metros.
Reichert observou que o Snowbird não é um método prático de transporte. No entanto o objectivo do projecto era inspirar as outras pessoas  para usar a força do seu corpo e da criatividade da sua mente.
O Snowbird construído a partir de fibras de carbono e madeira de balsa, pesa apenas 43Kg e tem uma envergadura de asas de 32 metros - equivalente a um Boing 737.
Para mantê-lo leve, mecanismos de decolagem não foram construídos no Snowbird. Em vez disso foi rebocado por um veículo para ganhar altitude inicial.
Reichert disse que também perdeu 8Kg durante o verão, para facilitar o voo.
Mais de 30 estudantes, da Universidade de Toronto, Universidade de Poitiers na França e a Universidade Delft na Holanda, participaram no projecto.

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