Para o cérebro a dôr da rejeição na realidade dói, sendo mais do que apenas uma figura de expressão.
As regiões do cérebro que reagem à dor física, coincidem com as que reagem à rejeição social, de acordo com um estudo que utilizou imagens do cérebro nas pessoas envolvidas em rompimentos românticos.
Os resultados desta pesquisa dão um novo significado à ideia de que a rejeição “dói”, mostrando que eventos psicológicos ou sociais podem afectar regiões do cérebro que os cientistas pensavam que estavam reservados à dor física.
O estudo envolveu 40 voluntários que passaram por um rompimento romântico indesejável nos seis meses anteriores, revelando que o rompimento tinha-lhes provocado um sentimento de intensa rejeição.
Ressonâncias magnéticas funcionais foram usadas para estudar o cérebro em quatro situações:
- Ao ver uma foto do ex-parceiro e pensar sobre o rompimento da relação;
- Ao ver a foto de um amigo e pensar numa experiência positiva vivida com essa pessoa;
- Quando um dispositivo era colocado nos seus braços produzindo um calor suave e confortante, e
- Quando esse dispositivo era aquecido o suficiente de forma a causar dor, embora sem danos físicos.
As duas situações negativas descobertas pelo estudo foram – pensando sobre a perda do parceiro e a queimadura – causando uma resposta nas partes sobrepostas do cérebro.
Estudos anteriores não tinham mostrado uma relação entre a dor física e emocional, mas nesses estudos tinham sido usados exemplos menos dramáticos, como simplesmente dizer que alguém não gosta de si. Neste caso, os voluntários eram pessoas que realmente tinham sido rejeitadas e ainda o sentiam.
Existem evidências de que o stress emocional, como a perda de um ente querido, pode afectar as pessoas fisicamente, pelo que estes estudos podem ajudar os pesquisadores a desenvolver maneiras de ajudar pessoas que são sensíveis à perda ou rejeição.
Sem comentários:
Enviar um comentário