segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mais uma de Israel


Mais um crime repreensível desta nação, eternamente protegida pelos E.U.A..
Quais serão as declarações de Obama face a este crime humanitário horrendo?
Israel condena os palestinianos, confinados ao estilo de campo de concentração, a não terem  sequer direito a ajuda humanitária.
Nas imagens que mostraram na TV viam-se os tripulantes de paus ou ferros a tentarem escorraçar borda fora os militares israelitas armados, que acediam ao barco descendo por cabos de um helicóptero. 
Nas cenas filmadas não mostraram nenhum activista de arma na mão, como Israel apregoa. O pior é que falam que tudo se passou em águas internacionais.
A notícia mais completa:

sábado, 29 de maio de 2010

Seguindo o Lince


Na quinta-feira decidi ir ver a exposição fotográfica sobre Linces, do fotógrafo espanhol Andoni Canela, especializado em natureza, meio ambiente e biodiversidade, que está a decorrer no Jardim Botânico Tropical em Belém, situado por trás dos Pastéis de Belém.


Gostei muito de ver os linces, felinos de grande elegância, e saber que ainda existem, mas tive pena de ver que todos foram fotografados em Espanha

Antoni Canela tem um site muito interessante com os seus trabalhos que poderão ver aqui.

Enquanto admirava as fotos lembrei-me de algo que me perturbou na altura da notícia, já lá vão uns anos, e que demonstra bem a falta de sensibilidade de determinadas pessoas sobre o drama das espécies em risco, apesar da sua elevada formação que normalmente associamos a inteligência.
Recordo que a esposa do ex-presidente da república Mário Soares, há uns anos usava um casaco de lince da Serra da Malcata, quando este animal já estava em perigo de extinção no nosso país.

O Jardim Tropical de Belém é digno de ser visitado nem que seja para umas voltas preguiçosas, para ver a fauna local e admirar as diversas espécies de árvores, algumas de grande porte, de muitas regiões do mundo.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pés de Lotus


Lim Guan Siew, agora com 93 anos,  teve os pés enfaixados pela primeira vez quando tinha sete anos.
Na sua juventude os “Pés de Lotus” eram considerado o máximo de beleza feminina.
Os Pés de Lotus foram oficialmente banidos em 1912, mas as famílias continuaram a prática apesar de ser ilegal, especialmente em áreas remotas.
"A minha família não era muito rica, mas fui obrigada a enfaixar os meus pés só porque eu queria casar", disse Lim.
Em vez dos Lótus de Ouro de 8 cm, pés que muitas famílias ricas aspiravam, os pés de Lim cresceram em 13 cm, mas ainda assim precisa de sapatos especiais, fabricados localmente para se adequarem aos seus pés.
Lim é uma das poucas chinesas que ainda têm de conviver com sua deformidade. Muitas já morreram.
Aos sete anos, a sua mãe começou o processo de dobrar os pés da filha para conseguir o então ideal de perfeição e Lim recorda banhar seus pés a cada 3-5 dias, a fim de dobrá-los para o formato desejado.
Lim Guan Siew demorou mais de um ano até poder andar com os pés que tinham sido moldados de acordo com o ideal estabelecido em algumas partes da China, o que acontecia desde o Século X até ao início do Século XX
"Eu nunca faria isso se eu tivesse uma segunda chance," Lim disse com um sorriso enquanto admirava os seus sapatos novos, feitos à mão por um sapateiro especializado no fabrico de sapatos para Pés de Lótus.
“Actualmente a maioria destes sapatos são vendidos aos turistas como lembranças, embora às vezes recebamos encomendas de senhoras com pés atados, mas é menos agora", disse o sapateiro Tony Yeo.

Esbanjamentos

Porque somos assim, tolos, que tudo consentimos sem o mínimo queixume.
O Zé Povinho nunca se revolta. Terá medo?
Habituados que estamos a ser abusados desde há gerações, seremos agora mutantes com um gene de idiota instalado no nosso cérebro?
Já nada nos repugna, somos seviciados com impostos brutais que nos tiram à vida a possibilidade de aceder a qualquer pequena compensação que nos faça esquecer os sacrifícios a que estamos sujeitos.
Comprei a revista Sábado e fiquei pasmada com as despesas supérfluas do governo.
Para a residência do primeiro foram gastos em um ano 63.000€ em flores. Quando eu  tinha emprego, teria de trabalhar 5 anos para poder totalizar essa verba. 
Quanto a chamadas de telemóvel do gabinete do primeiro ministro, gastou-se 219000€,  para mim o equivalente a 18 anos de vida de trabalho.
Aos indivíduos instalados no governo, não lhes pesa a consciência saberem que existe ainda imensa miséria no país, e sem qualquer remorso esbanjam de forma criminosa os dinheiros que todos descontamos com imenso sacrifício?
O que fazer para nos safarmos desta gente?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O mercado negro de Bagdad

E assim se acabam as espécies animais no planeta.

A falta de regulamentação do governo no Iraque, levou a que animais como leões e crocodilos fossem levados para casa de pessoas não preparadas para cuidar deles.
Multidões reunem-se no mercado de animais exóticos no noroeste de Bagdad. 
Não há nenhuma taxa a pagar para entrar e olhar para as dezenas de animais - pelicanos, pavões, lobos, gatos, macacos, um porco-espinho, uma coruja, filhotes de urso e uma variedade impressionante de cães - e ao preço certo, você pode levar qualquer um deles para casa.

Fotos Dawn Media Group
Sabah al-Azawi segura uma cobra que vende por 80€.  
A venda de animais e tráfico de espécies ameaçadas de extinção foi ignorado pelo governo do Iraque, que em vez tem-se esforçado para tornar o país mais seguro e, apesar da situação de segurança ter melhorado, ainda não é uma prioridade.

Um grifo encontra-se à venda por 525€
  
O macaco custa 650€

O macaco Vervet, em risco na África do Sul, vende-se por 565€

Sabah al-Azawi alimenta à mão, com carne moída, dois filhotes de leão Africano que vende por 4850€ cada um. 
Tem uma loja, mas diz que não é para ficar rico ''Este é o meu hobby, só por estar entre esses animais eu sou feliz'', disse al-Azaw

Al-Azawi também tem à venda um filhote de urso por 4000€

Qualidade de vida das cidades - Posições Mundiais 2010

A empresa britânica de consultoria Mercer, anualmente, avalia as condições de vida local, em todas as 420 cidades pesquisadas no mundo inteiro. 
As condições de vida são analisadas de acordo com 39 factores, agrupados em 10 categorias:
   1. Ambiente político e social (estabilidade política, crime, aplicação da lei, etc)
   
2. Ambiente económico (regulamentação de câmbio, serviços bancários, etc)
   
3. Ambiente sócio-cultural (censura, limitações de liberdade individual, etc)
   
4. Saúde e sanidade pública (serviços médicos, doenças infecciosas, saneamento, poluição do ar, etc)
   
5. Escolas e educação (padrão e disponibilidade de escolas internacionais, etc)
   6. Os serviços públicos e transportes (electricidade, água, transporte público, congestionamentos, etc)
   7. Recreação (restaurantes, teatros, cinemas, esportes e lazer, etc)
   
8. Bens de consumo (disponibilidade de alimentos / itens de consumo diário, carros, etc)
   
9. Habitação (habitação, electrodomésticos, mobiliário, serviços de manutenção, etc)
  
10. Ambiente natural (clima, registo de catástrofes naturais)

Segundo a pesquisa de Mercer aqui, e tendo Nova Iorque como a cidade base com o indicador igual a 100, temos as 50 cidades com melhor qualidade de vida nas seguintes posições:
- Viena - Áustria - 108.6
- Zurique - Suíça - 108
- Genéve - Suíça - 107.9
-
44º - Barcelona - Espanha - 100.6
45º - Lisboa - Portugal - 100.3
50º - Seattle - EUA - 99.8


Quanto às cidades mais "verdes", a Mercer incluiu os seguintes critérios: disponibilidade de água, a potabilidade da água, recolha de lixo, saneamento, poluição atmosférica e congestionamento de tráfego.

- Calgary - Canada - 145.7
- Honolulu - EUA - 145.1
- Otawa - Canada - 139.9
-
Aqui Portugal nem entra
50º - Frankfurt - Alemanha - 123.1

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Declarada extinta


Em Madagascar, o pequeno mergulhão Alaotra “rufolavatus Tachybaptus” partiu para sempre.

Esta foto não tem data e foi lançada com o comunicado pela Birdlife Internacional.
Espécies introduzidas de peixes carnívoros predadores chamados Murrel cabeça de cobra e redes de pesca de nylon exterminaram este pássaro frágil, sendo agora finalmente declarado extinto 25 anos após a última aparição confirmada.

"Não resta esperança para a espécie. É outro exemplo de como as acções humanas podem ter consequências imprevisíveis ", disse Leon Bennun, director de ciência da BirdLife International.

Segundo a BirdLife existem  10.027 espécies de pássaros reconhecidos. Destas, 132 espécies estão extintas; 190 estão criticamente em perigo; 372 ameaçadas e 838 quase ameaçadas.

As espécies exóticas invasoras causaram extinções em todo o mundo e continuam a ser uma das principais ameaças para as aves e biodiversidade.

Dub FX e a sua música

Como Dub FX faz música 
 

Aqui poderão ouvir a versão original, em estúdio.
LOVE SOMEONE
It’s possible to love someone
And not treat them in the way that you want
It’s possible to see your eyes
Be the devil in disguise with another front
And, it’s possible to change this world
Revolutionise the boys and girls
It’s possible to educate
The next generation that will rule the world someday

The changing times of the 21st century
Means nothing to me cos I would rather be
At the beginning of time, earth would be mine
Living in luxury
Discovering a world out there
Believing in the sun earth water and air
Take me there so I could see the world bloom
Standing on a sea cliff howling at the moon
Creating a world for the open minded
A unique perception of truth inside it
I know we could find it
It’s just a matter of where and when we collectively decide it
The world is not a vicious place
It’s just the way we’ve been raised
Discovering time and space
I know that we could make a change
Rearrange the way that we appreciate the world today

It’s possible to love someone..

Now as i start to put my mind into words
I stall I fall I’m loosing it all, my inhibitions
The thought of wasting a way
The fact that the music’s at a place not far away
Yet I stray and stick to my world
In love with my life my beliefs and a girl
Is it luck that I love this crazy place, the human race?
Don’t get me wrong I still think we could change
But this life and the fact that time exists
And were here and we don’t come equipped with it all
Half the fun is learning and I’m having a ball
While the world keeps turning my role is small
But I’ll make a change
I hope you’re feeling the same way
I hope you’re seeing what I say

It’s possible to love someone..

In this concrete jungle we live
Our survival is love that we give
Now my instinct is guiding my way
It’s true what they say
The world is your chance to create

terça-feira, 25 de maio de 2010

Os meus dias

Enquanto espero o início das formações em que  me inscrevi, vou cuidando do meu jardim, do meu lago e da minha horta.
De vez enquanto como a Base Aérea de Monte Real fica relativamente perto, tenho umas visitas aéreas bem barulhentas e inesperadas que até aprecio e muito. 
Parece que o céu vai cair com o estrondear dos nossos Lockheed Martin F-16. São lindos estes aviões de combate. Não imaginava é que Portugal possuísse tantos. Na semana passada contei uns trinta que passaram em 3 esquadras. 
Numa corrida, porque eles voam tão rápido, consegui ir buscar a máquina e tirar estas fotos:

Nos intervalos do meu estado de Dolce Fare Niente vou dando de comer aos meus kinguios.
Reparei que muitos deles ainda pequenos desapareceram, portanto devem ter sido comidos pelas duas rãs verdes que me apareceram espontâneamente no lago.


Também plantei uma hortazinha que vou arranjando aos poucos. 
Considero-a o meu ginásio local, o trabalho do campo é mais que cardiovascular, queimo imensas calorias que me estão a fazer emagrecer, a prova é no final do dia o ácido láctico acumulado nas pernas, barriga e braços. 
À noite deito-me toda dorida com um cansaço tão saudável que caio na cama e adormeço num ápice.
Na horta, os garrafões cheios de água servem para afugentar os coelhos bravos, que de noite ao verem o reflexo da água fogem pensando serem os olhos de algum predador.

 
Entretanto plantei mais umas árvores: uma figueira, dois castanheiros, duas nespereiras, um pessegueiro e atrevi-me a enterrar dois caroços de mangas deliciosas da Guiné-Bissau. Pode ser que se adaptem aqui ao clima da zona de Alcobaça. Sei de pessoas em Portugal que têm mangueiros que dão fruto.

E a vida continua... 

S. Martinho do Porto

S. Martinho do Porto passou a ser a minha praia de eleição.
Bem perto de casa e sem multidões, é um sossego. 
Há sempre lugar para a toalha pois a distância entre os veraneantes é mais que suficiente, e até dá para se sacudir a toalha sem incomodar o vizinho.
Um praia calminha, o mar não muito frio e sem ondas que convida a banhos prolongados. 
Uma baía com características únicas, como se vê nesta foto de satélite.

A semana que passou foi de muito calor, e não pude deixar de ir à praia que adoro para uns  belos mergulhos. 
Esta praia fica a 8 Kms da Junqueira que faço em poucos minutos. 
Só de pensar que quando estava em Lisboa demorava horas nas filas de trânsito só para ir à Caparica, só por isso evitava ir imensas vezes.
Eis a minha praia actual completamente deserta. A partir de Julho sei que irá encher-se de gente mas nunca como na Caparica ou praias da linha do Estoril.
 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Formações contínuas

Ando imensamente tensa com a minha situação de "sem trabalho" e hoje fui-me abaixo e tive uma crise de choro no Centro de Emprego. Foi tão repentina que até me surpreendi. Algo despoletou esta minha fragilidade e pronto liguei as cataratas. A minha sorte foi ter levado colírio na mala, o que aliviou um pouco o vermelhão dos olhos.
Entretanto as funcionárias do centro de emprego aqui de Alcobaça têm sido extraordinárias. Tudo mas tudo a que tinha direito saber foi-me transmitido e afinal acabei por ter óptimas notícias.
Por  indicação dirigi-me à Associação de Agricultores e vou iniciar em Julho até ao final do ano uma série de formações quase todas interligadas: agricultura biológica, floricultura, produção de ervas aromáticas, compostagem e mais outras duas importantes para a gestão de um negócio.
Cada formação demora entre 50 a 100 horas em horário pós-laboral e vão ser contínuas.
Como tenho em mente o projecto de criar uma exploração de ervas aromáticas, foi como se o céu ultimamente tão carregado para mim, se abrisse  num sol radioso.
Em Julho começarei.
Neste espaço de tempo lá plantei a minha horta e tenho ido à praia.
Há anos que não ía à praia assim com tanta frequência.
Agora tenho tempo para tudo até faz impressão.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Movimento com mensagem

"Ver-nos dançar é ouvir o nosso coração falar," é um ditado comum ecoado por todos os bailarinos.  
Mais do que ser apenas uma forma de expressão artística, a maioria das danças carregam consigo uma mensagem. E quando executadas belamente, mesmo o menos artístico de nós pode decifrar o significado por detrás da linguagem corporal.

Fotos Dawn Media Group
Bailarinos com imagens projectadas nos seus corpos enquanto dançam, durante  a sua performance chamada "Corpi d'ecran" do artista boliviano Willy San Miguel
 


Dança de Leicester Morrismen no Parque Bradgate em Newtown Linford, na Inglaterra. Trata-se da celebração do ritual ligado à fertilidade e mudança das estações.

Membros do movimento Make Poverty History dançam durante uma campanha, em que pedem ao primeiro ministro da Austrália um aumento do fundo de ajuda para reduzir a pobreza.
 

 Peregrinas dançam, antes da chegada do Papa Bento XVI, no santuário de Fátima.

 Dançarinos incitam os Nova Iorquinos a uma exibição conjunta.


A coreógrafa Joshinder Chaggar, dançando “Conversations,” uma dança contemporânea  que explora os desejos mais profundos do homem em ser livre e aberto.
 


Sidi Larbi Cherkaoui, à esquerda, director e coreógrafo da dança "Sutra" exibe a sua peça em Londres, com um monge chinês do templo Shaolin Buddhist, famoso pelas artes marciais.

Casa em ruínas

Hoje de manhã acompanhei a minha irmã a Algés para tratar de uns assuntos.
Quando entrámos na Av. dos Bombeiros Voluntários reparei numa casa antiga que deve ter sido belíssima. 
O seu provável jardim, que identifiquei por ter uma palmeira centenária plantada perto da casa, prolonga-se por um terreno baldio cheio de cangalhada velha nas suas traseiras.


Naquele momento pensei nas duas casas que possuo, que provavelmente terão um fim idêntico, quando eu já não pertencer ao mundo dos vivos.
Não é triste? Tanto sacrifício para quê?
Às vezes são mais os problemas, que o tempo que se goza a coisa na realidade.
Aquela casa, como teria sido nos seus tempos aureos?
Quem a teria estreado?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pizzas Macabras

Acabei de ler uma notícia que me provocou uma sensação tão estranha que nem a sei definir.
De facto o bicho homem é surpreendente, a ganância das pessoas é tal que vale tudo, até agonia.

Leiam por favor:

“Uma quadrilha pode ter criado um mercado de caixões vendidos aos proprietários sem coração de padarias e pizzarias, que procuram economizar dinheiro em madeira", revelou o jornal italiano Il Giornale.
O Ministério Público italiano acredita que na cidade de Nápoles as pizzas podem ter sido cozidas em fornos acendidos com madeira de caixões, desenterrados do cemitério local.
O cemitério de Nápoles tem sido terreno de caça de ladrões: no ano passado, 5.000 vasos de flores foram roubados do cemitério.
A pizza napolitana foi inventada entre 1715 e 1725, com a variante Margherita mundialmente famosa cozida pela primeira vez em 1889.
Diz a tradição que a rainha Margherita de Sabóia, pediu a um dos famosos Pizzaioli de Nápoles para inventar um prato para o povo.
O resultado, que fornece a base para a maioria das pizzas apreciadas em todo o mundo, representa  as cores da Itália recém-unificada: o verde do manjericão, o branco da mussarela e o vermelho dos tomates.
Estimam-se em Itália 25.000 pizzarias que empregam cerca de 150.000 pessoas e representam um volume de negócios de 5,3 bilhões de euros.

Por falar em caixão, gosto do grupo português Mundo Cão nesta canção "Caixão da Razão"

Uivo p´ra lua
Que vai tão alta
Corro na rua
Feito um pernalta
Tanta a folia
De liberdade
Que nem o dia
Me dissuade

Quero ser animal
Velho cão sem bordão
A lamber triunfal
O caixão da razão

Mijo sem freio
Por entre a turba
Dizem que é feio
Não me perturba
Gente lacaia
Presa no luxo
Meu Himalaia
É ser gaúcho
Quero ser animal
Velho cão sem bordão
A lamber triunfal
O caixão da razão

Cuidado com essa
Sereia
Cuidado que morde
Sem peia

Quero ser animal
Velho cão sem bordão
A lamber triunfal
O caixão da razão

IPO - Instituto Português de Oncologia

Desde a semana passada que perdi a conta às vezes que acompanhei a minha irmã ao IPO e Hospital da Luz.
Amanhã ela irá fazer o penúltimo exame, antes de iniciar a quimioterapia que afinal só acontecerá no próximo dia 1 de Junho. 
O último exame médico será dia 30 deste mês.
Foi uma catrefa de exames a que a minha irmã se sujeitou, para avaliarem o ponto de situação da sua doença assim como a sua resistência ao tratamento de quimioterapia. Foram análises, RX, electrocardiograma, medulograma, TAC e sei lá que mais. 
Foram tantos, que agora precisamos de um saco para meter lá todos os envelopes.
O primeiro tratamento de quimioterapia demorará 6 horas.
A continuação do tratamento, através de comprimidos, será feito em casa porque o hospital não tem vagas.
Fico admirada pelo ânimo e força de vontade da minha irmã. Continua com a genica do costume e parece, ou disfarça bem, que nada a vai abalar e ainda bem que é assim.
Durante as horas de espera no IPO, dei conta duma realidade para mim desconhecida. Nunca pensei que existissem tantas pessoas com cancro. 
Esta doença não escolhe nem idade nem género.
Na sala de espera, reconhecem-se os doentes pelos cabelos rapados, cabeças cobertas com lenços ou perucas.
Na espera de hoje vi uma miúda que nem 20 anos deveria ter, completamente carequinha mas com um boné moderno e umas olheiras impressionantes.
Até uma velhinha que quase não se aguentava em pé, lá estava sózinha e sem cabelinho nenhum.
É tremendamente deprimente aquele ambiente porque ficamos cientes das tragédias familiares que esta doença provoca, de um desgaste brutal todo esse processo de luta que se trava para sobreviver.

domingo, 16 de maio de 2010

Procurando o primeiro amor no mercado

Desde há cerca de cem anos, a cada ano nos dias 26 e 27 do terceiro mês lunar, milhares de pessoas de tribos étnicas locais, na aldeia montanhosa Khau Vai no norte do Vietnam, reunem-se num “Mercado de Amor”.

Flirtar, cortejar e arranjar namoro está na ordem do dia.

Após alguns dias de viagem para assistir a este mercado, as jovens sonham e esperam encontrar um primeiro amor.
Fotos Dawn Media Group
O Mercado do Amor, visto do alto da montanha 

Esperando pelos seus amores

No mercado alguns homens embriagam-se

No mercado os jovens trocam sorrisos


Mercado do Século XIX

Termina hoje Domingo, em Alcobaça, mesmo junto ao mosteiro, a recriação do Mercado do Século XIX.

Uma pequena mostra do que se fazia na época, desde as profissões, aos jogos e  à venda de produtos tradicionais.

Todas as cenas são preconizadas pelos habitantes das aldeias locais, principalmente pelos jovens pertencentes a ranchos folclóricos.

Estive lá, comprei uma dúzia de ovos de galinhas caseiras e um saco de tremoços, e tirei uma série de fotos para vossa apreciação.